Conhecimento - 10-06-2020
Míldio das Brássicas
O míldio das brássicas (Peronospora parasítica), pode afetar seriamente a produção de mudas, o desenvolvimento vegetativo das plantas e a sanidade das inflorescências. Nas mudas, a doença inicia‐se nos cotilédones e folhas primárias, evoluindo em seguida para toda parte área das plantas. Na face superior da folha, desenvolve lesões circulares ...
O míldio das brássicas (Peronospora parasítica), pode afetar seriamente a produção de mudas, o desenvolvimento vegetativo das plantas e a sanidade das inflorescências.
Nas mudas, a doença inicia‐se nos cotilédones e folhas primárias, evoluindo em seguida para toda parte área das plantas.
Na face superior da folha, desenvolve lesões circulares cloróticas, que posteriormente tornam-se irregulares e necróticas. Na face inferior da folha, região correspondente às lesões cloróticas ou necróticas, formam-se as estruturas de frutificação do fungo, com coloração esbranquiçada.
Nas inflorescências o míldio manifesta‐se na forma de lesões deprimidas, úmidas e escuras que inviabilizam o produto final para a comercialização.
Como ocorre?
A doença é favorecida por alta umidade (chuva fina, orvalho e névoa) e temperaturas na faixa de 12 a 20°C. Uma vez presente na área apresenta rápida disseminação pela ação de ventos e respingos de água provenientes de chuvas e irrigação. A presença de água livre nas folhas é fundamental para que ocorra a germinação dos esporos do fungo e a penetração do patógeno, dando início ao desenvolvimento dos sintomas que caracterizam a doença.
CONTROLE
O fungo pode sobreviver em alguns cultivos e plantas daninhas em algumas áreas e pode sobreviver como esporos em restos de culturas infestadas, por isso é importante manter o seu campo sempre livre dessas plantas.
O manejo do míldio na sua lavoura deve incluir a rotação de culturas por, pelo menos, 3 anos. Procure plantar em campos bem drenados e com boa circulação de ar, reduzindo assim a incidência da infecção.
Períodos de molhamento foliar reduzidos pela menor densidade populacional e uma irrigação bem distribuída também são boas práticas para evitar o surgimento e a disseminação do míldio.
A aplicação de fungicidas pode ser necessária, e existem muitos fungicidas registrados para o controle. Realizar pulverizações com fungicidas de contato e/ou sistêmicos, registrados para as culturas. Deve-se combinar o uso de diferentes princípios ativos e diferentes modos de ação, para evitar o surgimento de populações de míldio com resistência.
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