Conhecimento - 07-10-2021
Diferença entre danos de Thielaviopsis e Pythium em alfaces
Nesse artigo de blog, você pode conferir dicas de como manejar e diferenciar essas 2 doenças que causam muita dor de cabeça para produtores.
O que é?
Antes de falar em diferenças, algumas considerações com relação a semelhanças:
- Ambos são fungos e provocam doenças que podem ser definidas por podridão e morte de raízes. Sendo o sintoma reflexo (ou consequência), a murcha da planta; portanto, apenas observando-se o sintoma em campo, não é possível diferenciá-las; e por vezes, nem observando diretamente as raízes, sendo que o ideal seria a análise clínica.
- Ambos ocorrem no calor e com alta umidade (caso da hidroponia, seria redundância falar em falta de umidade, já que suas raízes estão na solução nutritiva); e não raro, o dano do calor excessivo sobre as raízes é porta de entrada para elas, devendo a temperatura da água ser monitorada sempre que possível;
- Ambos possuem esporos que sobrevivem na matéria orgânica que pode ser ‘levada’ de uma área para outra, nas patas de insetos (por exemplo, moscas, como o Fungus gnats, a Scatella ou a Bradysia spp);
- Tanto um como o outro, apresenta sintoma de murcha no campo e podem apresentar raízes assim. O problema ou parte da solução é que o produto (*consultar o Engenheiro Agrônomo fornecedor de insumos) usado para o controle de um não funciona em outro, sendo que muitos produtores já tem na rotina de trabalho, a aplicação de um dos produtos e por ‘tabela’, quando identificam a murcha em campo, usam o outro que não aplicaram antes.
Agora vamos as diferenças:
De uma forma geral e mais prática, falam que Thielaviopsis tem pontinhos pretos e descontínuos nas raízes mais sadias, com queima aleatória (nem sempre nas raízes mais finas ou mais grossas) e o Pythium é mais encharcado, como se tivesse com raízes cozidas e extravasado o suco celular das raízes, mas em clínica, as duas condições ocorrem, além de casos em que os 2 problemas ocorrem na mesma planta.
Como manejar?
- Uma das possibilidades citadas acima é colocar na solução nutritiva, um dos grupos de fungicidas que conseguem fazer o controle destes, já que são podridão de raízes de natureza distintas;
- Outra é a manutenção do sistema de produção limpo, sem resíduos de matéria orgânica na estufa (leia-se lodo), sobretudo o teto do perfil, que normalmente um jato, mesmo que forte de água ou somente circular produto não alcança (para o caso, seria interessante o uso de detergente ou mesmo espalhante adesivo para fazer espuma para limpeza dessa parte do sistema), que pode até ajudar na circulação do fungicida, assim que detectado o problema em campo;
- O uso de água oxigenada ou peróxido de hidrogênio no sistema também ajuda na explosão da camada lipoproteica dos esporos de Pythium/Phytophthora; além de ajudar no desenvolvimento de raízes da planta;
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