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Knowledge Sharing - 24-10-2019

Como minimizar o risco de Fungus Gnats na sua hidroponia

Fungus Gnats, O que é? Muitos gêneros de moscas (e principalmente mosquitos, como o transmissor da Dengue, Zica e Chikungunha) tem sua fase larval na água, sendo que potencialmente pode ser um problema em hidroponia. Os mais conhecidos são os chamados Fungus gnats (família Sciaridae, nome científico Bradysia spp) e ...

Fungus Gnats, O que é?

Muitos gêneros de moscas (e principalmente mosquitos, como o transmissor da Dengue, Zica e Chikungunha) tem sua fase larval na água, sendo que potencialmente pode ser um problema em hidroponia.

Os mais conhecidos são os chamados Fungus gnats (família Sciaridae, nome científico Bradysia spp) e o shore flies (família Ephrydridae, nome científico Scatella spp) que na prática tem hábitos e danos similares (mas nem sempre, um produto que tem ação contra um, controla o outro).

Com ciclo de vida variável entre 28 a 36 dias, dependente de espécie e temperatura, podem colocar de uma ou várias centenas de ovos por postura, algumas vezes durante seu ciclo (do ovo à colocação de novos ovos) além de existir em um ambiente, sobreposição de ciclos, possibilitando um grande dano econômico.

Como ocorrem?

Por se alimentarem de fungos (deste, deriva o nome, apesar de ser um inseto) e algas do solo . Os adultos deste (que pouco se alimentam) põe seus ovos sobre a superfície do solo/substrato ou sobre a camada de alga, dentro do perfil de hidroponia, num local mais estável (acúmulo de água parada, como uma ‘barriga’ no perfil) estes eclodem provocam danos às raízes das plantas em função do seu aparelho bucal mastigador, estourando a célula encontrada e sugando seu conteúdo celular.

O que causa?

Existem 3 formas dessas causarem problemas na hidroponia

  • Seu dano direto, consumindo raízes e provocando perdas, sobretudo no berçário de produção de mudas, que qualquer ferimento causam grandes perdas;
  • Dano indireto, sendo porta de entrada para patógenos que podem por exemplo, serem transmitidos pela água, como Pythium e/ou Phytophthora spp.
  • Existe ainda uma terceira forma, não menos danosa que é feita pelo adulto (que voa) que é a transmissão de esporos de fungos e bactérias fitopatogênicas de uma planta infectada à outra em suas patas de uma planta a outra (ou até mesmo em distâncias maiores, pelas correntes de ar), contribuindo para surtos não somente nos perfis alimentados por uma caixa contaminada, mas de outras mais quanto essa puder alcançar

Como manejar?

Assim como a maioria das moscas, estas também são ‘guiadas’ por odores, sobretudo de amônia no ambiente ou na solução nutritiva, sendo que estas devem ser evitadas ou minimizadas;

Limpeza/profilaxia devem ser praticadas em todas as áreas da produção, principalmente nos perfis, por dentro e no chão, evitando pontos de formação de algas e fungos;

Uma vez instaladas no sistema:

  1. Controle químico: existem no mercado, inúmeros inseticidas com ação sobre estes (evidentemente necessário identificar o inseto certo e consultar os produtos registrados para o alvo e cultura;
  2. Controle biológico: existem, tanto microorganismos que potencialmente podem provocar doenças nas larvas (a exemplo do Bacillus thuringiensis israelensis, ou BTi, com produtos comerciais no mercado), como adultos, a exemplo de fungos do gênero Beuveria e Metharrhizium; existindo ainda, produtos de origem biológica (óleo ou extrato de Neem) como predadores de adultos na Natureza (outro Diptero, Coenosia attenuata), cuja estratégia de controle deve ser ajustada à condição da cultura;
  3. Controle cultural: como colocado acima, todas as ações que dificultam a postura/proliferação da praga que estaria na seleção dos fertilizantes à limpeza das áreas que podem favorecer à proliferação dessas moscas.
  4. Plantas debilitadas, com ferimentos ou podridões podem ser fonte de eliminação de odores/amônia e podem atrair essas moscas, Portanto, é muito importante a adoção de todas as boas práticas culturais.

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