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Conhecimento - 17-10-2019

Dicas de como previnir vira-cabeça (TSWV) em alfaces

O que é? Viroses, ao contrário de outros patógenos (incluindo as mais simples bactérias aos fungos) , eles são organismos que não considerados seres vivos, que nascem, crescem, se reproduzem e morrem. Estes são partículas orgânicas que, se ligando a uma sequencia de DNA ou RNA de um outro ser ...

O que é?

Viroses, ao contrário de outros patógenos (incluindo as mais simples bactérias aos fungos) , eles são organismos que não considerados seres vivos, que nascem, crescem, se reproduzem e morrem. Estes são partículas orgânicas que, se ligando a uma sequencia de DNA ou RNA de um outro ser vivo (hospedeiro), conseguem se replicar/multiplicar e finalmente, existir.

De um modo geral, para que ele seja morto/extinto/desnaturado, a célula infectada teria de morrer, motivo pelo qual não existe viricida eficiente (em seres humanos, algumas viroses são passíveis de serem pelas células infectadas serem fluidas como sangue ou tecido de pele, que não é o caso de vegetais).

Como ocorrem?

Justo por não serem vivos, estes obrigatoriamente necessitam de hospedeiro (no caso, a alface) para existir) e também precisam de um vetor (um organismo, geralmente inseto, que consegue levar essas partículas de um hospedeiro a outro, sem ser desnaturado – estes são pouco estáveis ao ar livre) e, conforme a forma da partícula viral, podemos saber (ou ter uma ideia) do seu vetor: se pulgão (mosaicos); mosca branca (geminivírus); trips (tospovírus) e assim por diante, sendo que o controle/manejo está na prevenção da transmissão (uma vez infectada, essa planta, embora tenha uma morte lenta, está condenada).

O que causa?

No caso do TSWV, embora tenha sido identificada inicialmente no Tomate (hoje, se sabe que o vira cabeça do tomateiro não ocorre apenas por esse vírus, mas um complexo de outros vírus, todos transmitidos pelo mesmo trips) atualmente é o principal responsável pela doença conhecida como vira cabeça do tomateiro, que se inicia com lesões nas folhas e com a progressão, provocam nanismos e deformações nas folhas formadas após a inoculação deste.

Isso inutiliza a planta para ser comercializada, sendo que as plantas doentes devem ser retiradas/sacrificadas, já que podem ser uma fonte de vírus para os trips que estão se formando e infectar outras plantas (lembre-se que por ele depender do hospedeiro, a planta virótica tem o desenvolvimento prejudicado, mas nem sempre de forma fulminante).

Como manejar?

Após o aparecimento dos sintomas, este deve ser descartado e o manejo de novas infecções devem começar com a eliminação do vetor, a partir das fases anteriores (se o sintoma está na produção, geralmente a infestação ocorreu na fase anterior, muitas vezes na produção de mudas – e se esta é feita fora da produção, é importante notificar o fornecedor de mudas).

Como descrito no artigo sobre trips, existem inúmeros tipos de trips na Natureza (com cores, tamanhos e formas), mas nem todos infectam plantas (alguns deles, de vida livre contribuem para o controle populacional da praga, na Natureza) e, dentre os que infectam plantas, nem todos transmitem vírus, no caso apenas (ou na grande maioria, os trips considerados tropicais), cuja diferenciação pode ser visto com a forma de composição das franjas na asa (de forma geral, irregulares), pelos entre os ocelos (falsos olhos) e nas antenas, dos trips adultos (identificação mais precisa, de gênero e espécie é feita por DNA).

De uma forma geral, inseticidas que tem controle sobre um grupo de trips não afeta o outro e vice e versa, sendo importante verificar com a assistência técnica.

Dentre os hábitos da praga ainda, embora o adulto seja o responsável pela disseminação da virose a longas distâncias (na verdade, por terem asas franjadas, eles são desastrados voadores e a sua disseminação se dá muito por correntes de ar – frentes frias – por serem pequenos) e barreiras físicas de entrada podem ser adotadas, como quebra ventos ou até saia ao redor da estufa, um pouco maior que 1,0 m (altura que ele consegue atingir do solo, com seu vôo); Não são os adultos que tem maior eficiência na transmissão da virose, e sim as fases mais jovens, que se alimentam da planta, sem no entanto, matar a célula infectada e fazer com que o vírus se desenvolva.

Uma fase que pode ser crucial e negligenciada pelos produtores é a fase de pupa (que ocorre no solo ou superfície do substrato) que, apesar de não se alimentar da planta, é a que tem uma carga expressiva de vírus para infecção em outras plantas, quando se tornar adulta. No caso, elimina-se grande parte desses indivíduos com a aplicação de produtos no chão/solo (ou mesmo, com uso de barreiras, como ráfia, que dificultam o processo).

Limpeza de plantas daninhas e potenciais hospedeiros do trips e de viroses ao redor da área de produção também é benéfico, bem como o plantio de plantas que possam atrair seu predador natural (conhecido, percevejos do gênero Orius) descritos.

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